FOME EMOCIONAL, VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? 

A terapia cognitiva baseia-se no conceito de que a maneira como as pessoas pensam afeta o que elas sentem e o que elas fazem.

Para cada pensamento sabotador, uma resposta adaptativa: "Tudo bem, vou comer dentro de poucas horas, eu posso esperar." 

Observa-se que a ansiedade gera um estado de fome psicológica e que devemos saber separar a fome fisiológica da fome emocional.

Esse tipo de fome vem de fatores ambientais: situações difíceis em casa e no trabalho, perdas, separações, rupturas, lutos.

Geralmente, a fome emocional vem de uma carência em outras áreas. Se você pensar: “Estou com fome” e nem deu tempo de fazer a digestão do último alimento que comeu, com certeza, você está com fome emocional. 

Conheço várias pessoas que fizeram a cirurgia bariátrica de redução do estômago e passado algum tempo, engordaram novamente e adquiriram o peso que perdeu.

Talvez porque não resolveram em Terapia a sua necessidade de fome emocional, um vazio, uma falta, uma carência que não foi identificada e nem ressignificada.

Na Psicanálise, dizemos que "somos seres da falta", sempre haverá algo em nós que parecerá um vazio, e penso eu, que é  justamente essa falta que nos motiva o sentido da vida. se estivéssemos completos, qual seria o motivo de viver?

Porém, quando essa falta se transforma em sintoma e nos acrescenta peso extra que vai comprometer nossa saúde está na hora de pensar e de entender o processo.

Com a terapia cognitiva, você vai identificar os pensamentos sabotadores e vai conseguir criar respostas adaptativas a eles, e toda vez que você identificar essa fome emocional, saberá se comportar de forma mais funcional.

Esse processo é algo que na maioria das vezes, necessita de acompanhamento terapêutico, inclusive para que você consiga identificar suas dificuldades em administrar conflitos, lidar com eles, separar a fome natural da emocional.

Resolvi trabalhar com a Psicologia do emagrecimento, pois eu também estou empenhada em ressignificar minhas atitudes diante da alimentação.

Estou certa de que ao ajudar as pessoas que sofrem de obesidade e de sobrepeso, eu estarei ajudando a mim mesma, pois,  no procedimento de melhorar a vida do outro, levando conhecimento , compartilhando experiências, tenho um retorno significativo para as minhas próprias buscas.

Como esse é um caminho em que se valoriza as expressões artísticas , o vídeo do Titãs, lá do fundo do báu, ilustra muito bem, a pergunta do texto: Comida! Você tem fome de quê?